MA lidera ranking de mulheres resgatadas em situação análoga de trabalho escravo no país

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De acordo com Ministério Público do Trabalho (MPT), nos últimos 15 anos o estado teve 313 mulheres resgatadas neste tipo de situação.

O Maranhão é o estado que lidera o maior o ranking de mulheres resgatadas em situação análoga ao trabalho escravo, segundo um levantamento divulgado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). De acordo com o órgão, nos últimos 15 anos o estado teve 313 mulheres resgatadas neste tipo de situação. Os dados do MPT foram obtidos com exclusividade pela Globonews.

De acordo com os últimos dados Organização Internacional do Trabalho (OIT) sobre o tema, referentes a 2016, a maioria das pessoas em situação de trabalho escravo no mundo é formada por mulheres, que são principalmente aquelas em situação de exploração sexual, trabalho doméstico, trabalhando na cadeia global da moda e em casamentos servis.

Na divisão dos dados da OIT por gênero, as meninas e mulheres somam 71% das vítimas das formas modernas de escravidão. Em 2016, eram 40 milhões de pessoas vítimas da escravidão moderna, sendo 25 milhões em trabalho forçado e 15 milhões em casamento forçado.

Segue ainda no ranking do MPT os estados do Pará com 246 mulheres resgatadas, Minas Gerais com 214, Bahia com 210 e logo em seguida São Paulo com 204. O levantamento cita ainda os estados do Amapá e Distrito Federal com o menor número de mulheres em situação análogo de trabalho escravo. Conformo o Ministério do Trabalhos os dois estados fecham a lista com um caso cada um.

Por meio de nota, a Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop) informou que tem realizado diversas ações para inibir e combater o trabalho escravo no estado, dentre elas tem destaque a assinatura e publicação do edital que oferece 2.015 vagas para cursos profissionalizantes em unidades do Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) em 14 municípios do estado e as vagas, são voltadas pessoas que tiveram mão de obra escrava explorada.

Além disso, a Sedihpop afirmou que foi aprovada a Lei nº 10.355/2015 que cassa o registro do ICMS das empresas que utilizam mão de obra análoga ao trabalho escravo, além da criação do Programa Estadual de Enfrentamento ao Trabalho em Condições Análogas a Escravidão e atualizações no Plano Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo.

G1 Maranhão

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