Quase a metade (46%) dos internautas brasileiros foi vítima de algum tipo de golpe financeiro no último ano. Isto equivale a um pouco mais de 12 milhões de pessoas. A estimativa é de um levantamento feito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito, o SPC Brasil. Ainda segundo a pesquisa, as fraudes somaram prejuízos de cerca de R$ 1,8 bilhão.

As fraudes mais comuns apontadas são o não recebimento de item comprado e a clonagem de cartões de crédito. Os consumidores também foram prejudicados por produtos ou serviços diferentes das especificações da venda.

Os criminosos têm como alvo consumidores, empresas e o governo – o que representa risco para a segurança da economia brasileira.

Fernando de Negraes Brisolla, de 35 anos, dono de uma empresa especializada em filmagens e fotografias áreas de São Paulo, comprou um drone pela Internet, em julho passado. Até o momento, não recebeu o produto.

“O drone custava R$ 9.499. Uma loja, em Brasília, fez uma promoção, com desconto de quase R$ 1.900. Fiz uma transferência de R$ 7.600, no dia 23/7, pelo site da empresa. O produto seria entregue no dia 1/8. Depois, foi adiado para o dia 6/8 e, depois, para o dia 9/8. Desde então, ninguém mais me responde e-mails”, relata o consumidor.

Os canais mais comuns para a ocorrência de fraudes são as lojas online (54%), bancos (9%), lojas físicas pequenas (8%), lojas físicas de grande porte (8%) e as financeiras (6%). Eletrônicos e vestuário lideram o ranking de itens não recebidos.

E o pior, de acordo com o levantamento, três em cada 10 vítimas tiveram o nome negativado (30%) após serem vítimas de fraude. Esses problemas podem afetar o acesso ao crédito do consumidor e até mesmo ocasionar problemas emocionais e de saúde.

O superintendente da CNDL, Marco Antonio Corradi, explica quais cuidados que os consumidores devem tomar para evitar fraudes financeiras.

“É muito importante termos a segurança dos nossos dados, dos nossos documentos. Não compartilhar dados de forma indevida em redes sociais e qualquer meio eletrônico, porque são passíveis de serem acessados e serem copiados. Então, dentro dos nossos patrimônios, os nossos dados são extremamente valiosos”, ressalta.

A pesquisa ouviu mais de 900 homens e mulheres, residentes das capitais do país, com idades iguais ou maiores a 18 anos e de todas as classes sociais.

Fonte: O Imparcial