Gaeco realiza operação e um dos alvos é o deputado Junior Lourenço

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As investigações apontaram a existência de uma verdadeira organização criminosa criada com o objetivo de desviar recursos públicos.

O Grupo de Atuação Especializadas no Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), em parceria com a Polícia Civil do Maranhão realizam, na manhã desta quinta-feira (15), a Operação Laços de Família para cumprimento de mandados  de busca e apreensão em endereços localizados em São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar, Miranda do Norte e Bom Jardim.

24 equipes da Polícia Civil, compostas por delegados, investigadores e escrivães participam da operação. Além dos promotores de justiça do Gaeco.

ESQUEMA

As investigações tiveram início a partir de denúncia do Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito de desvios de recursos realizados no período de 2017 a 2020, durante a gestão do ex-prefeito de Miranda do Norte Carlos Eduardo Fonseca Belfort, conhecido como Negão.

O ex-gestor estaria utilizando recursos públicos para quitar dívidas pessoais junto ao TCU. O mesmo artifício teria sido usado pelo também ex-prefeito e atual deputado federal, José Lourenço Bonfim Júnior, que esteve à frente da administração municipal de Miranda do Norte no período de 2009 a 2016.

As investigações apontaram a existência de uma verdadeira organização criminosa criada com o objetivo de desviar recursos públicos. O esquema era operacionalizado por meio de empresas de fachada que participavam de processos licitatórios fraudulentos. Essas empresas não tinham capacidade técnica nem lastro financeiro para cumprir os contratos firmados.

Quatro contratos firmados entre a Prefeitura de Miranda do Norte e as empresas “PM Construções e Serviços Ltda.”, “F Cipião Prazeres” e “J Rodrigues Macedo” totalizaram um dano de R$ 22.061.477,53 aos cofres municipais. Esse, inclusive, é o valor do bloqueio das contas correntes, poupanças e aplicações dos investigados, solicitado pelo Ministério Público.

As investigações também apontaram ligações entre essas empresas, os ex-prefeitos investigados, seus familiares, empregados e amigos.

Fonte: O Imparcial

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