Guedes coloca sob sigilo todos os documentos da reforma administrativa

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O Ministério da Economia colocou sob sigilo todos os documentos que foram usados para elaborar a proposta de reforma administrativa do governo. A informação foi divulgada nesta 2ª feira (28.set.2020) em uma resposta da pasta a 1 pedido de LAI (Lei de Acesso à Informação) feito pelo jornal O Globo. A pasta de Paulo Guedes afirmou que os documentos não podem ser divulgados enquanto a proposta estiver sob análise do Congresso Nacional.

Documento preparatório é aquele documento formal utilizado como fundamento da tomada de decisão ou de ato administrativo, a exemplo de pareceres e notas técnicas. Neste sentido, de se observar que a matéria está pendente de ato decisório conclusivo, tendo em vista que é uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), a qual ainda encontra-se em análise no Congresso, somente podendo ser tido como editado após a conclusão de toda a tramitação necessária. Assim, não é possível a disponibilização do seu conteúdo neste momento”, declarou a pasta.

O Ministério da Economia afirmou que divulgaria os documentos depois do término da tramitação da proposta no Legislativo. A exceção é para documentos que “tenham restrição de acesso prevista em legislação específica”.

O jornal solicitou as informações por LAI, no dia 3 de setembro, data em que a proposta foi apresentada ao Congresso. O veículo pedia “a íntegra dos documentos relacionados a elaboração da Proposta de Emenda Constitucional que trata da reforma administrativa”.

Em outro pedido feito por LAI, de 15 de agosto deste ano, o Ministério da Economia afirmou que “documentos referentes à reforma administrativa” estavam “classificados como de acesso restrito até deliberação final da proposta e seu envio ao Congresso”. A pasta também enviou 1 estudo realizado pelo Banco Mundial sobre a folha de pagamento do serviço público (3 MB). Declarou que o levantamento “traz informações relevantes sobre o tema”. Resposta foi de 31 de agosto, às vésperas da entrega da proposta ao Legislativo.

Procurado pelo Poder360, o Ministério da Economia não se manifestou até a publicação desta reportagem.

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