MPT aponta que o Maranhão continua sendo o maior fornecedor de mão de obra escrava do Brasil

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Nesta quinta-feira (30), é lembrado o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, e o trabalho escravo contemporâneo é uma das tipificações desse crime.

No Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, lembrado nesta quinta-feira (30), o Ministério Público do Trabalho (MPT) destacou que o Maranhão continua sendo o maior fornecedor de mão de obra escrava do Brasil. O trabalho escravo contemporâneo é uma das tipificações do crime de tráfico de pessoas.

Segundo dados do Observatório Digital do Trabalho Escravo (MPT / OIT), 22% dos trabalhadores encontrados em situação análoga à escravidão no Brasil são maranhenses.

De 2003 a 2018, em todo território nacional, foram resgatados 8.119 trabalhadores nascidos no Maranhão, sendo que, 49% dessas vítimas se declararam pretas ou pardas. Em todo o território nacional, foram resgatados 45.028 trabalhadores de situações análogas à escravidão, com 54% das vítimas se declarando pretas ou pardas.

Entre os maranhenses resgatados, 39% eram analfabetos, 36% possuíam ensino fundamental incompleto e 82% das vítimas trabalhavam no setor agropecuário.

Setores Econômicos em que há mais casos de resgatados maranhenses:

  • 39% – criação de bovinos para corte
  • 22% fabricação de álcool
  • 16% – cultivo de arroz

Fluxos migratórios dos resgatados maranhenses

Entre os municípios maranhenses com maior número de trabalhadores egressos estão:

  • Codó (357 pessoas)
  • Açailândia (326)
  • Pastos Bons (267)
  • Imperatriz (230)
  • Santa Luzia (191)

Ainda segundo o MPT/OIT, os estados de destino dos trabalhadores resgatados nascidos no Maranhão são: Pará, São Paulo, Amapá, Tocantins, Ceará e Minas Gerais.

G1 Maranhão

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