“Renda Brasil” volta a ganhar força após alta no desemprego

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Apesar de Bolsonaro ter “sepultado” o programa no início da semana, o “substituto do Bolsa Família” não está totalmente descartado pelo Executivo

Com o auxílio emergencial a poucos meses do fim, o presidente Jair Bolsonaro vê a necessidade de lançar um substituto ao programa que lhe rendeu bons índices de popularidade para evitar que a rejeição entre o eleitorado volte a crescer. O presidente ficou ainda mais pressionado com os números do desemprego divulgados ontem pelo IBGE, que indicaram um recorde de 13,7 milhões de brasileiros sem ocupação.

O Palácio do Planalto se alarmou com a disparada do índice e assessores alertaram o presidente de que ele precisará de uma saída rápida para não ser visto como o vilão pela população. Nesse cenário, o Renda Brasil voltou a ganhar força. Apesar de Bolsonaro ter “sepultado” o programa no início da semana, o “substituto do Bolsa Família” não está totalmente descartado pelo Executivo e deve seguir como aposta do governo para transferir renda aos mais pobres.

Caso realmente saia do papel, o Planalto espera que o programa tenha o mesmo sucesso do auxílio emergencial, que teve como alvo justamente os desempregados.

Mesmo depois de o presidente ter passado a bola para o Congresso tocar o programa, os dois ministérios que estavam à frente da construção do Renda Brasil, Economia e Cidadania, seguem pensando em alternativas para viabilizar orçamento do projeto. Uma das hipóteses em estudo é a de extinção de fundos públicos.

A ideia já foi apresentada pelo governo ao Legislativo em novembro do ano passado por meio de uma proposta de emenda à Constituição.

O Executivo sugere extinguir 244 fundos públicos. O objetivo inicial da PEC era o de liberar R$ 219 bilhões para o pagamento da dívida pública, mas a matéria pode ser alterada para prever a utilização de parte desse dinheiro no Renda Brasil. A proposta está pronta para ser votada no plenário do Senado.

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